Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
Com o telhado abertos, água da chuva acumula no salão do clube
Foi entregue, ontem, o laudo sobre a causa da queda do telhado do Clube Caixeiral Santamariense. O levantamento confirmou o que originou o desabamento: madeira apodrecida por conta de infiltração de água. O arquiteto Marcus Coden, da empresa que prestou assessoria ao clube, disse que a umidade foi comprometendo o material aos poucos.
- A ação da umidade não era visível. Por se tratar de uma telha que é encaixada peça por peça, pode ter tido alguma fissura que possibilitou a entrada de água. Com isso, uma das tesouras da cobertura cedeu e acabou puxando as outras - explicou o arquiteto.
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O trabalho dos técnicos também apontou a necessidade da remoção do restante do telhado e a construção de uma nova estrutura. O imóvel está de portas fechadas, interditado. O restaurante que funcionava no térreo do Caixeiral, com entrada pela Rua do Acampamento, está inativo. Já o estacionamento anexo ao prédio está recebendo clientes normalmente. O laudo recomenda que o clube fique interditado por conta dos problemas que as infiltrações ainda podem ocasionar, como danos à fiação elétrica. No entanto, o fato não prejudicou a estrutura de concreto.
- Para evitar uma futura queda ou uma adaptação, nós já determinamos no laudo que toda a estrutura deve ser modificada - complementou Coden.
Na madrugada do dia 6 de fevereiro, cerca de 30% do telhado veio abaixo, atingindo o palco e parte do salão, que fica no segundo piso do prédio. Quatro dias antes, o clube havia promovido no salão um baile chamado Sexta-feira Dançante. O prédio tinha a licença do Corpo de Bombeiros e, aparentemente, não apresentava problemas, segundo o presidente do clube, Delmar Guerra. Uma das obras mais recentes foi a instalação de uma nova calha, há cerca de cinco meses.
O problema, agora, é como o clube vai pagar pela nova estrutura. De acordo com o presidente, a direção será reunida ainda nesta semana para tratar dos recursos para a reforma. Mesmo assim, Guerra adianta que dificilmente conseguirá custear o conserto do telhado com o dinheiro em caixa.
- Estamos negociando com o pessoal do restaurante. Eles têm interesse em colaborar, porque eles estão de portas fechadas. Vamos ver também a possibilidade de buscar algum recurso público para prédios que são patrimônio histórico.
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A empresa contratada para avaliar o estrago remeteu o material também à prefeitura e à inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) na cidade.
O próximo passo será o pedido de uma licença simples junto à Secretaria de Estruturação e Regulação Urbana para a remoção da cobertura. Depois disso, a diretoria do clube deve buscar as diretrizes para a obra da nova cobertura, que depende da aprovação do Instituto de Planejamento de Santa Maria (Iplan).
A empresa que presta assistência ao Caixeiral ainda não sabe se é possível colocar uma estrutura provisória no local.